Parece sem sentido falar de ética na família. O que seria isto, exatamente? Precisamos de ética no trabalho, na política, na vida com outras pessoas. Mas, na família? Seria alguém desonesto na família? Prejudicaria os outros, conscientemente? Fraudaria os demais?
Sem hesitar: sim. Há uma grande necessidade de ética na família. Ela é, hoje, sabotada em um processo de desconstrução, em que se procura derrubar o que está estabelecido e nada deixar em seu lugar. Muitos cristãos colaboram para isso. Ela é dada como ultrapassada, como reacionarismo social e como opressora, por querer limites. Já observou o esquema das novelas? Os adultos são sempre mostrados como hipócritas, e os jovens como idealistas. Os jovens dão broncas homéricas em seus pais, que são figuras patéticas, sem rumo. Os jovens têm todos os direitos, e os adultos, todos os deveres. Os jovens não têm deveres e os adultos não têm direitos. A mensagem é a mesma da década dos sessentas: “Não confie nos adultos, menos ainda em seus pais”.
A ética na família começa com o senso de grupo. A família deve se unir, se fechar e reagir contra quem tenta destruí-la. E na ética doméstica, precisamos ter a noção de que temos direitos, mas deveres, também. Desempenhamos papéis no relacionamento familiar, e não podemos alterá-los. Filhos não governam a casa e pais são mais que pagadores de contas. São as pessoas que devem dar o rumo correto ao lar. Uma família procura se manter unida, porque, como disse Jesus, uma casa dividida acaba ruindo.
Ame sua família. Respeite seus membros. Saiba qual é seu espaço, situe-se nele, cumpra seus papéis e respeite os dos outros. Mostre sua fé
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